sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Por Onde Andará o Português?

Oi, gente!

Faz tempo, muito tempo, que não escrevo por aqui. Na verdade isso acontece porque eu me esqueço mesmo e porque com o advento do Facebook, a gente acaba não fazendo outra coisa. Geralmente eu reclamo bastante e ponho defeito em tudo, como vocês já devem ter percebido. Desta vez não vai ser diferente.

Ocorre que, a cada dia que passa, fico mais chocado em como, cada vez mais, as pessoas sabem menos escrever e falar em Português. Não, não estou falando do Português de Portugal, é o daqui mesmo, do Brasil.

Não precisa ser um lingüista, ou um profundo conhecedor do idioma, basta ter noção de acentuação, ortografia e pontuação. Isso já ajuda, e muito. Acho que tenho até que tomar cuidado ao falar desse assunto porque daqui a pouco vão me acusar de preconceito lingüístico, vão me chamar de 'representante da hegemonia branca, de classe média e heterossexual', enfim, todo esse discurso enfadonho que já conhecemos.

Notem que eu não estou cobrando de ninguém que abandone a linguagem coloquial e utilize-se apenas da linguagem culta em suas conversas, até porque isso seria muito chato, apesar de elegante. Mas linguagem coloquial é falar 'a gente foi' e não 'umas meia hora', entende? Sim, a falta de plural, concordância e regência na língua falada assusta e deixa essa fala muito feia.

E a escrita. Ah, a escrita. Outro dia recebi uma correspondência aqui na biblioteca que estava endereçada ao 'campos' Goiânia! E o pior, esse documento vinha remetido por outro 'campos' do IFG. Aí vai aparecer alguém para falar 'ah, mas o que interessa é a comunicação; se houve comunicação, cumpriu-se o propósito'. Acontece que, às vezes, os textos são tão mal escritos que essa comunicação fica comprometida e não dá mesmo para se entender a mensagem. Então, não escrever direito atrapalha a vida de todo mundo porque se torna uma reação em cadeia. Se a comunicação começa com ruído, no final ela vai apresentar um estrondo ensurdecedor.

A propósito, acho um despropósito esse Novo Acordo Ortográfico. Ele fez uma verdadeira bagunça com a hifenização e os acentos que suprimiu são essenciais para o conhecimento da pronúncia, isso sem falar do trema, pobre trema, tão simpático, útil e foi brutalmente extinto. Tomara que esse desrespeito à nossa língua não vingue. Já foi adiado para 2016 e até lá eu continuo escrevendo do mesmo jeito e prestigiando o trema.

Então, é isto, desabafo posto, encerro o post, que, em suma, é só pra pedir um pouco mais de estima pela Língua Portuguesa. Assim como lutamos para valorizar nossa cultura, nossos ancestrais, nossas raízes, temos que lutar pela sobrevivência do Português, ou daqui a pouco vamos perder a capacidade de nos comunicar.

Um abraço para vocês, e até a próxima postagem.

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