Oi, gente!
Faz tempo, muito tempo, que não escrevo por aqui. Na verdade isso acontece porque eu me esqueço mesmo e porque com o advento do Facebook, a gente acaba não fazendo outra coisa. Geralmente eu reclamo bastante e ponho defeito em tudo, como vocês já devem ter percebido. Desta vez não vai ser diferente.
Faz tempo, muito tempo, que não escrevo por aqui. Na verdade isso acontece porque eu me esqueço mesmo e porque com o advento do Facebook, a gente acaba não fazendo outra coisa. Geralmente eu reclamo bastante e ponho defeito em tudo, como vocês já devem ter percebido. Desta vez não vai ser diferente.
Ocorre que, a cada dia que passa, fico mais chocado em como, cada vez mais, as pessoas sabem menos escrever e falar em Português. Não, não estou falando do Português de Portugal, é o daqui mesmo, do Brasil.
Não precisa ser um lingüista, ou um profundo conhecedor do idioma, basta ter noção de acentuação, ortografia e pontuação. Isso já ajuda, e muito. Acho que tenho até que tomar cuidado ao falar desse assunto porque daqui a pouco vão me acusar de preconceito lingüístico, vão me chamar de 'representante da hegemonia branca, de classe média e heterossexual', enfim, todo esse discurso enfadonho que já conhecemos.
Notem que eu não estou cobrando de ninguém que abandone a linguagem coloquial e utilize-se apenas da linguagem culta em suas conversas, até porque isso seria muito chato, apesar de elegante. Mas linguagem coloquial é falar 'a gente foi' e não 'umas meia hora', entende? Sim, a falta de plural, concordância e regência na língua falada assusta e deixa essa fala muito feia.
E a escrita. Ah, a escrita. Outro dia recebi uma correspondência aqui na biblioteca que estava endereçada ao 'campos' Goiânia! E o pior, esse documento vinha remetido por outro 'campos' do IFG. Aí vai aparecer alguém para falar 'ah, mas o que interessa é a comunicação; se houve comunicação, cumpriu-se o propósito'. Acontece que, às vezes, os textos são tão mal escritos que essa comunicação fica comprometida e não dá mesmo para se entender a mensagem. Então, não escrever direito atrapalha a vida de todo mundo porque se torna uma reação em cadeia. Se a comunicação começa com ruído, no final ela vai apresentar um estrondo ensurdecedor.
A propósito, acho um despropósito esse Novo Acordo Ortográfico. Ele fez uma verdadeira bagunça com a hifenização e os acentos que suprimiu são essenciais para o conhecimento da pronúncia, isso sem falar do trema, pobre trema, tão simpático, útil e foi brutalmente extinto. Tomara que esse desrespeito à nossa língua não vingue. Já foi adiado para 2016 e até lá eu continuo escrevendo do mesmo jeito e prestigiando o trema.
Então, é isto, desabafo posto, encerro o post, que, em suma, é só pra pedir um pouco mais de estima pela Língua Portuguesa. Assim como lutamos para valorizar nossa cultura, nossos ancestrais, nossas raízes, temos que lutar pela sobrevivência do Português, ou daqui a pouco vamos perder a capacidade de nos comunicar.
Um abraço para vocês, e até a próxima postagem.